Preciso comer. O jantar está pronto.
Preciso me arrumar, preciso encarar.
O monstro está solto.
Preciso
entender que fortes são os outros.
Não
fogem do choro, vivem de esporro,
escravos
da sorte do dono.
Preciso
falar. Preciso gritar.
Preciso
tirar o breu
do
desgosto de mim,
fraco
sou eu...
preciso
dormir.
Me
entregar aos braços de Morfeu
enquanto
o sono me leva seu nome... continuo insone.
Preciso
acordar. Preciso levantar.
Preciso
deixar a cama onde você adormeceu.
Preciso
voltar, arrumar a mala.
Sonhar
em cada estação e cada parada
O
que você me escreveu é quase nada.
Preciso
chegar. Preciso encarar.
Ouvir
as palavras que destroçam o meu ser.
Não
tenho pressa, não quero chegar.
Não
quero o sufoco de não poder te amar.
Preciso
comer. O almoço está pronto.
Tentar vencer ou logo eu morro.
- 2011