Eu tinha o silêncio, o ódio e o amor. Foram as três
coisas com as quais eu convivi esse ano todo. Pedissem-me para falar, eu me
calava; não era a minha vez. Mas a vez de quem era foi passada, como sempre.
Pedissem-me para deixar de me importar, eu mais ainda queria (matar). Tem gente que passa dos
limites, não sabe parar. Mas que não me pedissem para esquecer. Não consigo
quando não quero, tenha isso a ver com esperança ou não – que pouco tinha.
Quando a urgência me veio, eu falei. O silêncio era meu, mas o meu amor sempre
foi seu – e não acaba mais. E do
ódio, desse eu me livro, se isso significa ter tudo o que eu tinha de volta.
Essa sempre foi a parte menos significante de nós (que deveríamos ser) dois.
-2009
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