Cap. 3 – O Encontro
A primeira vez onde eles se encontraram foi naquela praça perto de onde viviam. Era uma tarde de novembro de primavera. Era nublada. Mas era uma tarde linda porque Sabrina gostava de dias nublados. Quando lá chegou, parecia que Apolo a esperava já fazia uma vida inteira. Ele talvez quisesse ter a certeza de que chegaria antes dela e não a deixaria esperando. Sentaram-se no banco. Era um banco de pedra, de praça, frio. O dia não estava tão quente, mas Sabrina ardia em febre sem ter enfermidade alguma. Quando Apolo isso apontou, ela culpou o Sol. Pobre Sol! As Nuvens o privavam de assistir àquela nova história que lá se desenrolava. Quem podia assistir eram as Flores, as Árvores e a Grama. Mais uma história.
– Dizem
que este lugar é mágico, Apolo falou. Falou um tanto quanto para si mesmo, é
claro, mas Sabrina concordou. Ao olhar para os olhos dele, ela teve a impressão
de que ele via algo novo, algo que só ele podia ver. Já ela, só podia enxergar
Apolo. Só enxergava a ele e a magia daquele lugar, que ela chamava de arte.
Tudo que era bonito para ela levava o nome de arte. Aquele lugar, aquela
história e, principalmente, Apolo.
Começou a
chover.
- 2010
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